Todos acompanharam a tragédia em Mariana (MG) em 2015, quando aconteceu o rompimento de uma barragem da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, que liberou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, considerado na época o pior acidente ambiental da mineração brasileira. Após pouco mais de 3 anos nos deparamos com a notícia do rompimento de mais uma barragem, agora na Mina Feijão, em Brumadinho, também no Estado de Minas Gerais.
Tudo de novo. Porém, com a gravidade de que a quantidade de mortos e de desaparecidos é muito superior ao ocorrido em Mariana. Uma degradação ambiental e social incalculável. Muitos familiares não terão condições de enterrar seus entes queridos devido à dificuldade de encontrá-los em meio a tantos rejeitos.
Os acidentes deixaram uma degradação devastadora:
Alteração no ecossistema que se estende até os Rios Doce e Paraopeba com mortes de animais, plantas e degradação total do rio.
Impacto na vida marinha, em especial, de recifes de corais.
Os rios atingidos sofrerão com assoreamento, mudanças nos cursos, diminuição da profundidade e até mesmo soterramento de nascentes.
Epidemias que não se pode medir e podem avançar para outras regiões e Estados.
Fora o impacto social e outras consequências que não se pode mensurar.
Omissão, descaso e falta de fiscalização definem esses acidentes. O preço? A vida humana e a ambiental também. O Estado precisa assumir sua responsabilidade. E nós, cidadãos, não podemos ser omissos. É nossa responsabilidade fiscalizar e cobrar providências do órgão executivo quanto às irregularidades.
Trazendo a realidade para nosso município não temos barragens, mas temos muitos problemas como:
A situação do pó preto que ainda incomoda muito a população.
O esgoto lançado de forma irregular no ecossistema marinho e que pode acarretar degradação ambiental e problemas de saúde pública.
Situação de pontos irregulares de resíduos ou vulgo “pontos viciados de lixo”.
Atenção às áreas naturais.
Recuperar nossas nascentes.
Acompanhar os licenciamentos de empresas, principalmente àquelas que podem oferecer algum risco ao munícipe.
Cabe a esta Casa de Leis, bem como a Comissão de Meio Ambiente, da qual sou presidente, intensificar ações de cuidados com as questões ecológicas a fim de garantir qualidade de vida para todos. A Comissão participa de Câmaras Técnicas, como Controle da Poluição, Recursos Naturais, Jurídica, Saneamento da cidade e Conselho de Meio Ambiente. Realiza visitas técnicas a empresas para acompanhar as ações de fiscalização do órgão executivo, monitoramento e controle de poluição. Promove ações de Educação Ambiental junto às comunidades e audiências públicas para discutir o tema; atua também com análise técnica de decisões em processos; entre outras ações a fim de garantir a qualidade ambiental e promover qualidade na saúde dos munícipes.
Porém, existem ações individuais que devem ser observadas por cada um de nós. É necessário que cada um cumpra seu papel.
Luiz Paulo Amorim (PV), é Vereador de Vitória
Data de Publicação: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
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